MÉDICO QUE FEZ IMPLANTE CAPILAR EM HOMEM MORTO POR INTOXICAÇÃO ANESTÉSICA NÃO TINHA ESPECIALIZAÇÕES QUE ALEGAVA TER 

O médico que fez o implante capilar no homem que morreu durante o procedimento, em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, não tinha as especializações clínicas que alegava ter, segundo a Polícia Civil. O laudo pericial, divulgado na quinta-feira (1º), apontou que a vítima morreu intoxicada por anestésico.

O caso aconteceu em março deste ano. A vítima, Cláudio Marcelo de Almeida, chegou a ser socorrida para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), mas não resistiu.

O inquérito concluiu também que o profissional não tinha algumas certificações. Os detalhes sobre esses documentos não foram informados, e as autoridades também não disse se eles eram obrigatórios para que o médico pudesse realizar o implante capilar. O nome dele ainda não foi divulgado pela Polícia Civil.

O crime é investigado pela delegada Ludmilla Vilas Boas, que informou que todo o material será encaminhado para o Ministério Público da Bahia (MP-BA), que decidirá se denunciará o médico.

“Nós ouvimos cerca de 20 pessoas. Analisamos prontuários médicos e informações de órgãos regulamentadores. Agora vamos reunir toda essa documentação e analisá-la, para produzir um relatório final de investigação, que será encaminhando ao Ministério Público”. Os documentos que comprovam a falta das especificações clínicas também serão anexados.

“Ficando provado que houve negligência, imperícia ou imprudência por parte do médico, ele poderá ser indiciado pelo crime de homicídio culposo, que é quando não há intenção de matar”, detalhou Ludmilla.

Intoxicação por anestésico

De acordo com a delegada, o laudo pericial apontou que a intoxicação que matou Cláudio Marcelo de Almeida não configura um processo alérgico.

Uma especialista ouvida pela TV Subaé, explicou que a intoxicação pode ser causada por alta dose de anestésico, e que a presença de um anestesista é indispensável para o procedimento.

Cláudio morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Após a morte, familiares do comerciante e pessoas da equipe responsável pelo transplante capilar foram ouvidos.

A viúva de Cláudio afirma que o encontrou deitado no chão do consultório e acusou o médico de negligência. O profissional foi ouvido pela polícia em abril e negou informações repassadas pela família da vítima.

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